quinta-feira, 28 de setembro de 2017

25º Concurso Jovens Cientistas 2017 – XI Mostra Nacional de Ciência


Estão de Parabéns os alunos João Pedro e Oleksandr Pidperyhora, da Escola Secundária Damião de Goes, que, no ano letivo transato, participaram no 25º Concurso Jovens Cientistas 2017 – XI Mostra Nacional de Ciência, que se realizou no Porto, de 1 a 3 de junho; está, igualmente, de parabéns a professora Fernanda Oliveira, que os acompanhou. Com alunos e professores tão empenhados e entusiasmados a ciência tem futuro!

O Jornal Nova Verdade, de 1 de agosto de 2017, na página "Damianus", divulgou esta "sorridente" participação:



Participar, um hábito estimulante

Já se respira férias, mas o ano letivo fecha com mais uma sorridente participação. 
Os alunos João Pedro e Oleksandr Pidperyhora da turma do 11ºB participaram no 25º Concurso Jovens Cientistas 2017 – XI Mostra Nacional de Ciência, que se realizou no Porto, de 1 a 3 de junho.
Organizado pela Fundação da Juventude desde 1992, este pretende promover os ideais de cooperação e intercâmbio entre jovens cientistas e investigadores, “estimulando o aparecimento de jovens talentos nas áreas da Ciência, Tecnologia, Investigação e Inovação”, dizia o folheto de apresentação, e teve a colaboração da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Cientifica e Tecnológica.
Os nossos alunos, tutorados pela professora Fernanda Oliveira, apresentaram o projeto “A Braquistócrona”.
O quê? Que bicho é esse?
Que coisas aprendem os alunos!
A braquistócrona – pode ler-se na Wikipédia – “é a trajetória de uma partícula que, sujeita a um campo gravitacional constante, sem atrito e com velocidade inicial nula, se desloca entre dois pontos no menor intervalo de tempo”.
É um problema que remonta aos finais do século XVII quando Johann Bernoulli publicou o desafio cuja resposta surgiu dos neurónios de Leibniz, L’Hôpital, Newton além do próprio Bernoulli.
Assim surgiu a curva Braquistócrona recheada de fórmulas tão querida ao mundo da física, pintadas dos palavrões “força de gravidade”, “equação diferencial”, “cicloide”...
E, como tantas vezes ouvimos dentro de uma sala de aula, a pergunta inevitável: “E para que serve isso?”.
O questionar constante é o verdadeiro motor da ciência e do seu desenvolvimento. Quantas vezes, de uma elaboração puramente teórica se desagua em múltiplas aplicações antes impensáveis ou a resposta a interrogações até então sem resposta.
E a matemática e a física são useiras e vezeiras nestes processos. Se olharmos para o que resultou das braquistócronas, podemos abordar problemas de otimização em sistemas complexos, biomatemática com a dinâmica das populações e a formação de moléculas complexas. O utilitarismo enraizado na nossa cultura pode ser um grande obstáculo à procura do conhecimento por si só.
É um deleite não refrear entusiasmos nascentes nos pequenos passos.
Parabéns aos nossos alunos que alargam horizontes para além dos curricula escolares numa cumplicidade de interesses.
Assim a ciência tem futuro.



José Maia
Nova Verdade, de 1 de agosto de 2017.

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