Estão de Parabéns os alunos João Pedro e Oleksandr Pidperyhora, da Escola Secundária Damião de Goes, que, no ano letivo transato, participaram no 25º Concurso Jovens Cientistas 2017 – XI Mostra Nacional de Ciência, que se realizou no Porto, de 1 a 3 de junho; está, igualmente, de parabéns a professora Fernanda Oliveira, que os acompanhou. Com alunos e professores tão empenhados e entusiasmados a ciência tem futuro!
O Jornal Nova Verdade, de 1 de agosto de 2017, na página "Damianus", divulgou esta "sorridente" participação:
Participar, um hábito estimulante
Já se respira férias, mas o ano letivo fecha
com mais uma sorridente participação.
Os
alunos João Pedro e Oleksandr Pidperyhora da turma do 11ºB participaram no 25º
Concurso Jovens Cientistas 2017 – XI Mostra Nacional de Ciência, que se
realizou no Porto, de 1 a 3 de junho.
Organizado pela Fundação da Juventude desde
1992, este pretende promover os ideais de cooperação e intercâmbio entre jovens
cientistas e investigadores, “estimulando o aparecimento de jovens
talentos nas áreas da Ciência, Tecnologia, Investigação e Inovação”, dizia o
folheto de apresentação, e teve a colaboração da Ciência Viva – Agência
Nacional para a Cultura Cientifica e Tecnológica.
Os nossos alunos,
tutorados pela professora Fernanda Oliveira, apresentaram o projeto “A Braquistócrona”.
O
quê? Que bicho é esse?
Que
coisas aprendem os alunos!
A braquistócrona – pode
ler-se na Wikipédia – “é a trajetória de uma partícula que, sujeita a um campo
gravitacional constante, sem atrito e com velocidade inicial nula, se desloca
entre dois pontos no menor intervalo de tempo”.
É um problema que remonta aos
finais do século XVII quando Johann Bernoulli publicou o desafio cuja resposta
surgiu dos neurónios de Leibniz, L’Hôpital, Newton além do próprio Bernoulli.
Assim surgiu a curva Braquistócrona
recheada de fórmulas tão querida ao mundo da física, pintadas dos palavrões
“força de gravidade”, “equação diferencial”, “cicloide”...
E, como tantas
vezes ouvimos dentro de uma sala de aula, a pergunta inevitável: “E para que
serve isso?”.
O questionar
constante é o verdadeiro motor da ciência e do seu desenvolvimento. Quantas
vezes, de uma elaboração puramente teórica se desagua em múltiplas aplicações
antes impensáveis ou a resposta a interrogações até então sem resposta.
E a matemática
e a física são useiras e vezeiras nestes processos. Se olharmos para o que
resultou das braquistócronas, podemos abordar problemas de otimização em
sistemas complexos, biomatemática com a dinâmica das populações e a formação de
moléculas complexas. O utilitarismo enraizado na nossa cultura pode ser um
grande obstáculo à procura do conhecimento por si só.
É um deleite
não refrear entusiasmos nascentes nos pequenos passos.
Parabéns aos
nossos alunos que alargam horizontes para além dos curricula escolares numa
cumplicidade de interesses.
Assim a
ciência tem futuro.
José
Maia
Nova Verdade, de 1 de agosto de 2017.
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